Como alimentar filhotes órfãos ou rejeitados

Alimentar filhotes pode ser uma tarefa difícil por se tratar de uma atividade que exige disciplina. Afinal, são os primeiros dias que definem o desenvolvimento dos bebês, seja cachorro ou gato. Alguns podem não sobreviver a rotina de aleitamento artificial, mas hoje existem fórmulas que imitam o leite materno e entregam o necessário para um crescimento saudável.

 

São diversos os casos em que o filhote precisa da intervenção humana para sobreviver. O mais comum é quando a gata ou cadela tem uma complicação no parto ou não teve a alimentação necessária durante a gestação e acabam morrendo. Mas também acontece das fêmeas rejeitar a ninhada ou não produzir leite suficiente.

 

Antes de partir para a alimentação com mamadeiras, uma opção é tentar uma ama de leite para os filhotes. Entretanto, é difícil encontrar uma fêmea que tenha acabado de ter uma ninhada e não se sabe se ela aceitará.

 

Atualmente, existem fórmulas para alimentar filhotes e que contém o que eles precisam para se desenvolver. O ideal é que um veterinário receite qual o melhor produto para cada caso e dar dicas de como ajudar nos primeiros dias para mantê-los vivos.

 

Não é aconselhado dar outro tipo de leite para os filhotes. Muito menos o leite de vaca, já que tem poucos nutrientes e contém muita lactose. Fórmulas caseiras também devem ser evitadas e só feitas quando um veterinário for consultado e estiver acompanhando o histórico do gato ou cachorro.

 

A mamadeira precisa ser muito específica para o tamanho do filhote. O bico não deve ter furos, tem que fazê-lo de acordo com o tempo do bichinho e com cuidado, pois se soltar muito leite ele pode ir direto para o pulmão. Faça um furo com uma agulha ou alfinete e só aumente conforme o filhote for crescendo.

 

Um bom teste para saber quando o furo está bom, é: coloque a mamadeira de cabeça para baixo, se sair leite o furo está grande. Se você precisa apertar para sair, o furo está correto. Se errar no corte, não jogue o bico fora, é só guardar para quando ele estiver maior.

 

O leite precisa sempre ser morno e fresco. A água para misturar na fórmula deve ser fervida antes, pois o corpo do filhote ainda não está pronto para as impurezas que podem conter na água. Depois de cada mamada é obrigatório jogar fora o que sobrou de leite e ferver a mamadeira.

 

A posição para tomar leite segue a mesma que o filhote ficaria se a mãe estivesse alimentando: barriga para baixo e a cabeça levemente inclinada para cima. Sempre tomando cuidado para que não entre ar na mamadeira. Se o filhote for apressado, é só tirar o bico e esperar ele tomar o que está na boca. Caso saia leite pelo nariz dele durante o processo, é porque o furo está grande demais.

 

As mamadas vão seguindo uma rotina. Por exemplo, os recém-nascidos precisam ser alimentados de duas em duas horas, inclusive durante a noite. Conforme as semanas vão passando, as mamadas vão diminuindo e a alimentação seca vai sendo oferecidas aos poucos.

 

Durante as primeiras semanas de vida, os gatos e cachorros precisam que os tutores passem um algodão molhado na sua barriga para estimular o intestino. Geralmente, isso é feito pela mãe com lambidas, na ausência da fêmea os tutores responsáveis precisam assumir a tarefa de sobrevivência.