Doença renal crônica em pets: como identificar

 

Há alguns dias, o Cuidados com Seu Pet recebeu uma sugestão de pauta, através da leitora Vania Lúcia, que pediu para que falássemos sobre doença renal crônica nos pets. Então, atendendo ao pedido, vamos falar sobre essa doença tão comum e, infelizmente, irreversível.  

 

A primeira coisa que devemos saber sobre doença renal crônica nos pets, é que ela atinge animais com idade avançada. Basicamente, os rins param de funcionar, e por isso, o organismo não consegue absorver os nutrientes dos alimentos. Devido ao mau funcionamento dos rins, os líquidos acabam “passando direto”, gerando um maior fluxo de urina e, consequentemente, a desidratação do animal. 

 

Atrelado à desidratação, o pet sente mais sede e faz uma maior ingestão de água, retornando novamente ao grande fluxo de urina, ficando desidratado novamente. Sim, é uma constante! 

Com a perda de grande quantidade de líquido e a ocorrência da desidratação, o animal tende a perder peso e também, o apetite, ficando apático, fraco, desanimado, e algumas vezes, até depressivo.

 

Além disso, quando ocorre a doença, os rins perdem a capacidade de filtrar o sangue e remover resíduos e toxinas que prejudicam a saúde do bicho. A insuficiência renal pode desencadear também, problemas relacionados à pressão arterial; à produção de hemácias e hormônios responsáveis pela formação dos glóbulos vermelhos.

 

Um dos fatores agravantes é que é muito difícil diagnosticar doença renal crônica em pets porque ela é silenciosa e os sintomas só começam a aparecer quando já se tem a perda de 75% da função renal. Por isso, a melhor forma de combater o problema é realizando exames de check-up sempre que possível. Desta forma, é possível prolongar a vida de seu pet e oferecer a ele uma melhor qualidade de vida, mesmo enfrentando as dificuldades da insuficiência renal. 

 

A causa da doença é muitas vezes desconhecida e pode estar relacionada a alguma infecção e toxinas no sangue. Também é possível que a doença seja hereditária e se desenvolva conforme os pets vão ficando mais velhos e com a imunidade mais baixa. Para ter certeza do diagnóstico, é necessário realizar exames de urina e de sangue.

 

 

 

É muito importante que ao perceber qualquer um destes sintomas, você procure um médico veterinário com urgência, pois a evolução da doença costuma ser rápida, por isso, prorrogar os exames e o diagnóstico pode prejudicar consideravelmente a vida de seu animal. Dentre os principais sintomas, estão náuseas, vômito constante, diarréia, falta de apetite, perda de peso, sede excessiva, desidratação, maior volume de urina, apatia, desânimo ou depressão, quedas, gengivas pálidas e mau hálito.

 

 

 

Apesar de ser progressiva e de não ter cura, a doença renal crônica pode ser controlada!

 

Um dos primeiros cuidados que você terá de ter no caso de seu pet desenvolver uma doença renal crônica será com relação a alimentação. Existem uma série de marcas e linhas de tratamento com rações especiais, próprias para repor os nutrientes importantes para o organismo dos cães e dos gatos. Com a nutrição recomendada, é possível retardar de forma considerável a evolução da doença, promovendo melhor qualidade de vida a seu animal. É importante lembrar também que petiscos e guloseimas devem ser evitados nos casos de doença renal crônica em pets, pois estes itens podem atrapalhar os efeitos do tratamento.  

 

Um segundo cuidado será com relação aos medicamentos. Dependendo do quadro e do estágio da doença, você terá de dosar antibióticos e compostos vitamínicos que estimulem o apetite de seu pet. Também há as medicinas alternativas, como florais e substâncias homeopáticas. 

 

Para saber o que é melhor para o seu pet, converse com o médico veterinário e peça orientação, afinal, a doença desenvolve diferentes estágios e é preciso agir rapidamente a fim de saber qual tratamento será mais eficaz para o bem-estar de seu animal.