Leishmaniose em cães: o que você precisa saber
Embora muitas pessoas já estejam cientes dos sintomas comuns, como perda de peso e lesões na pele, existem diversos aspectos menos conhecidos que também merecem atenção.
Neste post, vamos te contar algumas curiosidades e sintomas não tão comuns relacionados a esta doença, além de destacar a importância da prevenção e do tratamento.
O que é a Leishmaniose canina?
A leishmaniose é uma doença parasitária causada pelo protozoário Leishmania, transmitido pela picada de insetos flebotomíneos, conhecidos popularmente como mosquito-palha.
A doença pode ser visceral, afetando órgãos internos como fígado e baço, ou cutânea, envolvendo a pele e mucosas.
Sintomas não tão comuns
Embora menos conhecidos, alguns sintomas menos comuns também podem indicar a presença da leishmaniose em cães:
1. Problemas oculares: alguns cães podem desenvolver inflamação ocular, levando a condições como uveíte, conjuntivite e até glaucoma. A doença pode causar olhos vermelhos, lacrimejamento excessivo e, em casos graves, perda de visão.
2. Distúrbios neurológicos: em casos mais avançados, a leishmaniose pode afetar o sistema nervoso central, resultando em sintomas neurológicos como convulsões, ataxia (dificuldade de coordenação motora) e mudanças comportamentais.
3. Problemas renais: a leishmaniose pode causar glomerulonefrite, uma inflamação nos rins que pode levar à insuficiência renal. Sintomas como aumento da sede e da urina, vômitos e apatia podem ser sinais de problemas renais.
4. Alterações no trato gastrointestinal: embora menos comuns, alguns cães podem apresentar sintomas gastrointestinais como diarreia crônica e vômitos intermitentes, que muitas vezes são confundidos com outras condições gastrointestinais.
Curiosidades sobre a Leishmaniose Canina
1. Resistência genética: algumas raças de cães têm maior resistência à leishmaniose do que outras.
2. Tratamento prolongado: o tratamento da leishmaniose em cães pode ser prolongado e complexo, muitas vezes requerendo medicação contínua e monitoramento regular para controlar a doença e prevenir recaídas.
3. Co-infecções: cães infectados com leishmaniose muitas vezes são suscetíveis a outras infecções devido ao comprometimento do sistema imunológico, como erliquiose e babesiose, que podem complicar ainda mais o quadro clínico.
Prevenção é a melhor opção
A prevenção da leishmaniose em cães é crucial e pode ser feita por meio de diversas medidas:
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Uso de repelentes: aplicação de produtos repelentes específicos para cães que ajudam a afastar os mosquitos-palha.
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Vacinação: existe uma vacina específica para a leishmaniose canina que pode ajudar a prevenir a infecção.
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Controle ambiental: manter o ambiente limpo e livre de matéria orgânica em decomposição, onde os mosquitos-palha podem se proliferar, é essencial.
A leishmaniose em cães é uma doença complexa e potencialmente fatal, mas com a prevenção adequada e a detecção precoce dos sintomas, muitos cães podem ter uma boa qualidade de vida.